Quando eu e o meu marido começamos a procurar uma casa para comprar decidimos, à partida, alguns requisitos básicos: não podia ser apartamento, não precisava ser grande, não precisava ser nova a estrear, podia ser básica (que logo trataríamos dela) e, sobretudo, tinha de ser localizada num sítio que nos fizesse sonhar. (ah...e tinha de ser pouco dispendiosa).
Esta procura durou uns longos 5 anos, em que a reunião dos requisitos identificados nunca era plena e colidia constantemente com um preço de imóvel fora do nosso alcance.
A dada altura comecei a considerar casas em sítios remotos e descaracterizados, eram, inclusive, casas espaçosas, equipadas com aparato típico da modernidade e áreas exteriores amplas e generosas.
Contudo, a nenhum dos dois soava a sensação avassaladora de felicidade, em nenhum dos dois se acordava a paixão de querer correr para um local verdadeiramente nosso.
Foi então que visitámos uma primeira casa velhinha na zona da Granja e, nesse momento, começa a vontade de sonhar, de mudar e construir algo nosso.
Fazíamos visitas nocturnas, apenas para ficar a admirar e sonhar com a casa...
Esse negócio não se concretizou, mas serviu para perceber que a Granja era o sítio onde queríamos estar!
Aos 30 e pouco anos tínhamos encontrado o nosso local, as ruas respiram e contam histórias de tempos que passam devagar, ao ritmo das ondas do mar e do bater do relógio da estação de comboios.
Acabamos por encontrar uma casinha velhinha, pequenina e até um pouco feia, mas que nos abraçou desde o momento em que lá pusemos pé.
Sempre que saio do comboio começa uma nova viagem, na qual a cada passo respiro o sonho
...para que possam melhor compreender o que digo, deixo alguns fotos do céu que há uns dias se pintava pela Avenida das Árvores (ou como costumo dizer...a Rua das Árvores).
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